Certificação de Produtores de Etanol de Milho dos EUA Sob o RenovaBio

Implementado em 2020, o programa RenovaBio busca descarbonizar o setor de transporte no Brasil estabelecendo metas de redução para distribuidores de combustíveis. Dois anos depois da implementação, ainda nenhuma usina de etanol dos EUA foi certificada no programa RenovaBio, o que faz com que percam competitividade de mercado e limita o acesso ao mercado de crédito de carbono no Brasil.

Em resposta, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), por meio do Foreign Agricultural Service (FAS) em Washington, D.C. e em São Paulo, juntamente com o U.S. Grains Council (Conselho de Grãos dos EUA, USGC), recebeu um grupo de funcionários da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que se reuniu recentemente com autoridades do governo americano, representantes do setor e atores-chave da cadeia de fornecimento de etanol dos EUA.

A iniciativa foi organizada para fornecer informações técnicas aos funcionários brasileiros, ajudando-os a entender melhor os programas de certificação, a logística e as práticas operacionais da indústria de etanol dos EUA. Por meio dessa missão, o USDA espera responder às perguntas dos reguladores brasileiros sobre o sistema agrícola dos EUA e os esforços de sustentabilidade nos diferentes estados produtores de milho. Ao receber informações em primeira mão, a delegação brasileira poderá ajustar as exigências do programa e permitir o acesso de usinas de etanol dos EUA.

O nível de participação e as informações fornecidas pelo governo americano e as partes interessadas do setor ampliaram o conhecimento sobre a implementação do programa de biocombustíveis dos EUA e os requisitos para cumprir as práticas sustentáveis que devem abranger as metas do RenovaBio.

O FAS Brasil continua trabalhando com autoridades do governo brasileiro e do setor nos EUA para certificar as usinas de etanol americanas sob o Renovabio e aproveitar os créditos de descarbonização gerados por tal certificação.